quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Um bom profissional começa pela sua imagem


Saber como se posicionar, cuidar da imagem e desenvolver um marketing pessoal são estratégias fundamentais para se destacar no mercado. Esta é uma preocupação que não tem idade e está relacionada a todos os tipos de cargos e funções.
O sucesso profissional muitas vezes é medido pela imagem e marketing pessoal, confirma Sabina Donateli, parceira da Career Center, que atende como consultora a diferentes profissionais. Ela acrescenta que, independente da roupa, relógio, carro ou notebook, “a energia positiva e o entusiasmo pelo que se quer e pelo que se faz, transmitidos na imagem, na voz e no posicionamento do profissional, são fatores que também influenciam no sucesso”.
Para enfrentar esta exigência de uma sociedade cada vez mais visual, conheça as dicas de Sabina Donateli para transmitir uma boa imagem pessoal e comportamental:
  • Consciência corporal: uma postura correta transmite a impressão de segurança e confiança ao entrevistador;
  • Formas de expressão: evite falar perto e/ou alto demais, não use o gerúndio; evite expressões de novelas ou populares, e nunca use palavrões e gírias;
  • Modismos: atenção aos modismos de brinco, fivelas e piercing. Discrição e o bom senso têm que prevalecer;
  • Maquiagem: mulheres podem aproveitar da maquiagem aos 20 anos, fazer alguns pequenos corretivos aos 40 anos e sofisticar aos 50 anos;
  • Acessórios: cuidado com relógios e pulseiras; utilize sapatos apresentáveis, nunca use meias brancas ou desfiadas;
  • Cores: tente usar cores discretas e neutras. Tenha roupas bem acabadas e estruturadas. Invista em bons tecidos – algodão de preferência;
  • Roupas: cuidado com o comprimento das saias; evite os decotes, as transparências e os babados;
  • Celular: sempre desligado em reuniões; se precisar deixar ligado, informe que está aguardando uma ligação; sempre se identifique e pergunte se a pessoa pode atendê-lo antes de iniciar a conversa; cuidado com os toques engraçados;
  • Cuidados com os cabelos: mulheres devem estar sempre com o cabelo bem cortado e procurar não movimentá-los muito; homens devem ter atenção com a barba, tem que estar bem aparada.
  • Ao telefone: sempre sorria, a pessoa do outro lado perceberá a sua postura simpática. Não fale alto demais, evite fofocas, seja breve.
Além de criar uma imagem ligada à credibilidade e competência, procure estar sempre pronto e capacitado para a concretização dos seus objetivos.

Equilíbrio financeiro

Os recentes pedidos de concordata de empresas tradicionais como GM e Chrysler trazem à tona um elemento extremamente importante na gestão das empresas, principalmente em tempos de crise econômica: a busca e a preservação do equilíbrio financeiro.
Do ponto de vista da análise financeira tradicional, existe equilíbrio financeiro quando o capital circulante líquido (CCL) de uma empresa é positivo. Um CCL positivo mostra que o montante de investimentos de curto prazo (caixa, clientes, estoques etc) é superior ao de dívidas e obrigações também de curto prazo (fornecedores, empréstimos bancários, salários a pagar etc). Mais precisamente, ele revela que os ativos circulantes são maiores que os passivos circulantes. Dito de outra forma, um CCL positivo é sinal de equilíbrio financeiro na medida em que representa o excedente de recursos de longo prazo (dívidas e capitais próprios) que é aplicado em investimentos de curto prazo. Assim, um CCL positivo revela a existência de capacidade de solvência no curto prazo, bem como a adequação no conjunto das decisões estratégicas da empresa, visto que seus investimentos de longo prazo estariam sendo financiados por recursos igualmente de longo prazo. A grande limitação dessa perspectiva de análise reside essencialmente no fato de um CCL positivo não significar necessariamente existência de liquidez. Na realidade, o excedente de recursos de longo prazo destinado ao curto prazo, origem da provável folga financeira, pode estar aplicado em bens e direitos de elevada dificuldade de conversão em caixa. São exemplos os capitais empatados em estoques com baixo giro e clientes inadimplentes, eventos comuns no atual contexto econômico. Essas limitações da abordagem tradicional, que é estática, podem ser mitigadas pelo emprego de uma perspectiva de análise que avalia o equilíbrio financeiro de uma empresa e sua condição de liquidez por meio da relação estabelecida entre investimentos e financiamentos de curto prazo e o ciclo operacional.
Dessa forma, a chamada análise financeira dinâmica calcula três variáveis que caracterizam diferentes níveis da gestão empresarial. A primeira delas é a necessidade de capital de giro (NCG). Esta é obtida por meio da diferença entre investimentos e financiamentos estritamente operacionais. Quando positiva, que é o mais comum, revela uma demanda de recursos para financiar o giro dos negócios. Por outro lado, uma NCG negativa mostra que a empresa possui um excedente de passivos operacionais (fornecedores e obrigações sociais, por exemplo), o que representa uma fonte para outras aplicações. Em essência, a NCG revela o perfil da gestão operacional da empresa. A segunda variável é o capital de giro (CDG). Este é obtido pela diferença entre as fontes e as aplicações de longo prazo. Além do equilíbro nas decisões de longo prazo, um CDG positivo revela a existência de recursos para o financiamento da NCG. Por sua vez, um CDG negativo mostra que a empresa utiliza recursos de curto prazo para financiar investimentos de longo prazo. Tal decisão conduz a empresa a um perfil de liquidez péssimo, caracterizado por um desequilíbrio financeiro. Em essência, a variável CDG revela a capacidade de gestão estratégica (de longo prazo) da empresa. Quanto à terceira variável, esta corresponde ao saldo de tesouraria (T), que expressa a liquidez da empresa. É obtido por meio da diferença entre investimentos e financiamentos de natureza financeira. Mais precisamente, trata-se da variável associada ao fluxo de caixa. Assim, um saldo de tesouraria positivo revela a existência de liquidez. Caso seja negativo, mostra a utilização de passivos financeiros (dívidas de curto prazo) para financiar aplicações de curto e, até mesmo, de longo prazos. Neste último caso quando o CDG também é negativo. O saldo de tesouraria é, de fato, o resultado da capacidade da empresa em gerir seu ciclo operacional e suas estratégias. Ou ainda: T = CDG - NCG.
Isto posto, pode-se dizer que a busca do equilíbrio financeiro passa, necessariamente, por uma gestão judiciosa de curto e longo prazos, o que envolve as variáveis NCG e CDG, sendo o saldo de tesouraria uma consequência da qualidade do trabalho realizado nesses dois níveis de gestão. Um perfil financeiro sólido, por exemplo, pode ser alcançado quando a empresa possui NCG>0 (demanda de recursos), CDG>0 e maior que a NCG (fonte de recursos) e T>0 (aplicação de recursos, recebendo o excedente de CDG em relação à NCG). Perseguir e assegurar o equilíbrio financeiro pode, portanto, ser considerado como um dos principais objetivos da gestão financeira no cotidiano das empresas, a fim de evitar os constrangimentos de um pedido de concordata.

Sustentabilidade em meio a crise

Com o passar dos anos - e reforçada pela crise iniciada no fim de 2008 -, sustentabilidade se tornou uma espécie de bandeira do bem contra o mal. Mas a discussão é muito mais profunda. Boa parte das empresas se aventura pelo tema sem entender direito esse conceito sistêmico. Para a maioria, o parâmetro ainda é o medo. De catástrofes ambientais, do colapso da economia, de esgotar o petróleo e até de faltar água. Hoje, as empresas ainda se empenham mais em compensar do que em mudar. O caso clássico: a corporação tem ações poluidoras, mas compensa plantando árvores.

Por isso, muitos não conseguem incorporar de verdade sustentabilidade aos negócios. É preciso olhar os valores mais profundos da organização para conseguir isso. Na hora de fazer uma autoanálise, no entanto, o comum é imperar uma certa miopia. Acontece também com as pessoas. Quem consegue ser objetivo ao apontar de dentro para fora os defeitos, os vícios, as deficiências?

A sociedade mais bem informada é o fio da meada para negócios e acordos mais justos, adoção de tecnologias menos impactantes e governos mais atentos aos desequilíbrios e abusos socio-econômico-ambiental. E, assim, um planeta mais bem administrado. Isto ao meu ver é trilhar os caminhos da sustentabilidade.