Com o passar dos anos - e reforçada pela crise iniciada no fim de 2008 -, sustentabilidade se tornou uma espécie de bandeira do bem contra o mal. Mas a discussão é muito mais profunda. Boa parte das empresas se aventura pelo tema sem entender direito esse conceito sistêmico. Para a maioria, o parâmetro ainda é o medo. De catástrofes ambientais, do colapso da economia, de esgotar o petróleo e até de faltar água. Hoje, as empresas ainda se empenham mais em compensar do que em mudar. O caso clássico: a corporação tem ações poluidoras, mas compensa plantando árvores.
Por isso, muitos não conseguem incorporar de verdade sustentabilidade aos negócios. É preciso olhar os valores mais profundos da organização para conseguir isso. Na hora de fazer uma autoanálise, no entanto, o comum é imperar uma certa miopia. Acontece também com as pessoas. Quem consegue ser objetivo ao apontar de dentro para fora os defeitos, os vícios, as deficiências?
A sociedade mais bem informada é o fio da meada para negócios e acordos mais justos, adoção de tecnologias menos impactantes e governos mais atentos aos desequilíbrios e abusos socio-econômico-ambiental. E, assim, um planeta mais bem administrado. Isto ao meu ver é trilhar os caminhos da sustentabilidade.
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